Visando promover o desenvolvimento sócio-econômico de comunidades de baixa renda no Semiárido Nordestino, o projeto, implantado no ano de 2004, teve como objetivo principal a recuperação da produção de algodão por agricultores familiares. A cotonicultura foi escolhida considerando-se a tradição histórica pela atividade na região, levando-se em conta os resultados positivos obtidos na experiência implementada com um projeto piloto no Assentamento Margarida Mª Alves.

A proposta da formação de pólos produtivos teve o objetivo de se replicar a iniciativa a partir das comunidades onde já havia uma atuação do COEP, que serviriam como comunidades núcleo, de onde se irradiariam as experiências para comunidades próximas.

A diversidade de realidades foi determinante de resultados também variados com a implementação do projeto, sendo percebido no decorrer do processo a necessidade de se adaptar a produção do algodão a uma nova demanda de mercado, compatível com a agricultura familiar. Tendo sido observado que a matriz tecnológica convencional não permite o desenvolvimento da produção do algodão na agricultura familiar, fez-se necessário a adoção de uma nova matriz de produção de algodão: a agroecológica. Com a introdução deste novo sistema de produção de algodão branco e colorido naturalmente, foi possível reduzir o impacto ambiental pela eliminação do uso de agrotóxicos empregados no cultivo, agregando valor socioeconômico e ambiental ao produto.

O desenvolvimento nesses pólos de produção foi promovido por meio de um processo de sensibilização, capacitação e mobilização dos agricultores, que foi instaurado em etapas, potencializado com as ações voltadas ao fortalecimento da organização comunitária, formação dos agricultores e a inclusão digital, que contribuíram para maior protagonismo dos agricultores na execução das ações e no atendimento de suas demandas.

As comunidades participantes foram:

→ Alagoas, comunidades de: Quixabeira em Água Branca; Cacimba Cercada em Mata Grande e Campinhos em Pariconha.

→ Ceará, comunidades de: Espinheiro em Aurora, Engenho Velho em Barro, Anauá em Mauriti, Oitis em Milagres e Olho d´Agua em Missão Velha.

→ Sertão da Paraíba, comunidades de:PBs: Pereiros em Bonito de Santa Fé, Redondo em Cachoeira dos Índios, Barreiros em Cajazeiras, Batalha em Monte Horebe, Lagoa de Dentro em São José de Piranhas.

→ Agreste da Paraíba: Pedra de Santo Antônio em Alagoa Grande, Novo Pedro Velho em Aroeiras, Uruçu em Gurinhém, Assentamento Margarida Maria Alves em Juarez Távora, Assentamento Queimadas em Remígio.

→ Pernambuco, comunidades de: Boi Torto em Bezerros, Pilões e Pedra Branca em Cumaru, Algodão do Manso em Frei Miguelinho, Furnas em Surubim, São João do Ferraz em Vertentes.

→ Rio Grande do Norte: Limoal em Goianinha, Mandacaru em Lagoa de Pedra, Ass. José Rodrigues Sobrinho em Nova Cruz, Tanques em Santo Antônio, Jacumirim em Serrinha.

           

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