Programa Comunidades Semiárido
Programa Comunidades Semiárido
Propor a democracia é propor uma sociedade igualitária e participativa, onde todos constituem o sujeito de sua própria construção como sociedade.
O Programa Comunidades Semiárido (PCSA), foi uma iniciativa do COEP, articulada com organizações governamentais, entidades paraestatais e universidades, tendo como objetivo promover o desenvolvimento social e econômico de comunidades rurais na zona semiárida do Nordeste. O Programa teve inicio em 1999, com um projeto piloto de revitalização da cultura do algodão para agricultores familiares proposto ao COEP pela Embrapa Algodão. O programa chegou a alcançar cerca de 100 comunidades em sete estados: PE, PB, RN, SE, AL, CE e PI, formando 10 pólos regionais e totalizando aproximadamente 5000 famílias beneficiadas.
Ao longo dos anos o PCSA passou a ter foco no público jovem que desempenhou papel fundamental nas atividades, assumindo destaque nos debates relativos às alternativas de desenvolvimento e à permanência da juventude nestes territórios, por meio de estratégias de geração de trabalho e renda, educação, sustentabilidade e segurança alimentar. Os jovens tornaram-se protagonistas em praticamente todas as ações do Programa.
Em seus quase 20 anos de aplicação uma série de ações foram implementadas em diferentes linhas de atuação como geração de trabalho e renda, convivência com o semiárido, segurança alimentar, energia e meio ambiente, educação e inclusão digital. Algumas das principais ações foram:
• Instalação de seis miniusinas de beneficiamento de algodão orgânico colorido e branco com a transferência de tecnologia para o cultivo e manejo adequados
• Instalação de 47 telecentros de informática em que se promoveram cursos relacionados à informática e outros temas em um tempo que o acesso à internet ainda era escasso para esse público
• Implementação de 37 projetos geradores em parceria com as Universidades Cidadãs. Seis universidades públicas que mobilizaram alunos e docentes em prol das comunidades do PCSA
• Mais de 600 famílias beneficiadas diretamente com a criação de ovinos e caprinos em sistema de fundo rotativo, que mais tarde, estima-se, tenham alcançado 1800 famílias com os repasses de animais pelos participantes
• 25 mini bibliotecas instaladas em parceria com o Programa Arca das Letras do governo federal à época
• Instalação de tecnologias sociais de convívio com o Semiárido, como 194 cisternas para a reserva de água das chuvas, 11 barragens subterrâneas para a criação de ares de cultivo na seca, 13 viveiros de produção de mudas
• Mais de 2.000 eventos de capacitação e qualificação para agricultores, mulheres, jovens e adultos
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O Programa contou com a parceria de diversas instituições que mobilizaram recursos financeiros, logísticos, estrutura física e saberes para a execução das atividades. Entre elas estão: Embrapa, Fundação Banco do Brasil, CNPq, Eletrobrás, Chesf, Furnas, Banco do Nordeste, Finep, Programa GESAC (Min. Comunicações), UFRPE, UFRN, UFS, UFPI, UFCG, URCA e COPPE/UFRJ.
Programa Comunidades Semiárido | Destaques
Este foi o projeto que, no ano de 1999, instalou as primeiras ações e mobilizou o assentamento Margarida Maria Alves, em Juarez Távora/PB, a primeira comunidade do que se tornaria a Rede de Comunidades. Os agricultores estavam envolvidos em problemas com as antigas técnicas de cultivo de algodão. Sofriam com a praga do bicudo do algodoeiro, com as chuvas irregulares, com a baixa produtividade e com a baixa qualidade da fibra produzida.
Com a implementação de uma miniusina de 50 serras e com a adequação das técnicas e variedades de cultivo, e a organização comunitária o produtor passou a obter uma maior produtividade e qualidade do produto final. Além disso, passou a descaroçar e enfardar algodão em fardos de aproximadamente 100kg o que permitia a venda do produto diretamente à industria, eliminando os intermediários e aumentando a renda dos produtores.
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>> https://comunidadescoep.org.br
>> Rede Comunidades Semiárido (YouTube)
O COEP intensificou sua parceria com instituições de ensino dando início, em outubro de 2003, a outro projeto: o Universidades Cidadãs. Os objetivos eram incentivar a participação das universidades públicas na implantação de iniciativas de desenvolvimento comunitário, promover a melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda e gerar oportunidades de renda.
Seis universidades participaram do projeto: Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Universidade Regional do Cariri. Professores(as) e alunos(as) atuavam em comunidades do semiárido nordestino, realizando diagnósticos de demandas e potencialidades, ministrando capacitações e assessorando associações e grupos produtivos na implantação de suas atividades de geração de renda. As atividades do projeto foram realizadas em sete estados do semiárido nordestino: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Ceará e Piauí.
Guilherme Soares, engenheiro agrônomo da UFRPE e professor da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro, relata o histórico dessa empreitada: “A concepção desse projeto ocorreu em função da necessidade de ampliar o alcance das ações do COEP nas comunidades, em relação aos segmentos sociais das mulheres e jovens.”
“Até então, o COEP desenvolvia ações muito voltadas para os agricultores, no cultivo do algodão, criação de animais etc. A partir da percepção de que havia uma lacuna no apoio a tais segmentos, vislumbrou-se a perspectiva de realizar projetos que focassem, especificamente, as iniciativas comunitárias de organização de grupos locais em outras atividades que não somente agricultura, tais como: corte e costura, informática, artesanato, pintura, entre outros.”
“Então, concebeu-se o projeto Universidades Cidadãs e saímos à busca de instituições parceiras, visitando as universidades nos estados em que o COEP desenvolvia ações em comunidades. Pessoalmente, visitei três universidades e costuramos uma articulação institucional para viabilizar a proposta. Foram engajadas seis universidades, das quais cinco são federais (UFRPE, UFRN, UFPI, UFS e UFCG) e uma estadual (Universidade Regional do Cariri, no Ceará). Essas universidades agem na linha da formação (capacitação) em diferentes atividades, apontadas em diagnóstico de demandas realizado no início de 2006.”
“Hoje, depois de dois anos, o projeto passa por reformulações de sua natureza conceitual, de sustentabilidade financeira e institucional. É importante ainda destacar a missão desse projeto: atuar na formação, de um lado, de estudantes de graduação e pós-graduação da universidade, dando-lhes oportunidades de vivenciar a realidade regional, e, de outro lado, interagir com a sociedade, por meio das comunidades, para promover o intercâmbio de experiências e conhecimento entre universidade e comunidade”.
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Em 2002, um projeto intitulado “Algodão: Tecnologia e Cidadania” surgiu como uma alternativa para se alcançar o desenvolvimento socioeconômico de 5 comunidades do Semiárido nordestino por meio da retomada da produção de algodão na agricultura familiar. Um diagnóstico realizado nessas localidades revelou outros aspectos de relevância além do tema “Geração de Renda” . Agir em áreas relacionadas à disponibilidade de água para consumo e agricultura; produção animal e vegetal; saneamento; saúde, gestão e organização comunitárias. dentre outras,mostrou-se como questão fundamental para que se estabelecesse um quadro favorável ao desenvolvimento socioeconômico dessas localidades.
Nesse contexto, surgiu o Programa Pólos de Desenvolvimento Comunitário Integrado com o objetivo de implementar iniciativas de referência para o desenvolvimento econômico e social em comunidades dos municípios envolvidos no “Projeto Algodão”, irradiando-se às populações vizinhas através do compromisso de repasse das tecnologias adquiridas, Mais do que disponibilizar tecnologias e recursos, em áreas como “Água”, “Energia” e “Segurança Alimentar” o programa investiu na capacitação técnica e gerencial das comunidades, criando condições para que os beneficiários fortalecessem seu protagonismo no processo de desenvolvimento.
As principais atividades do projeto envolveram:
• Implantação de unidades demonstrativas de cisternas
A cisterna é uma tecnologia instalada nas propriedades familiares, que permite o armazenamento de 16 mil litros de água das chuvas. Durante o período chuvoso a água é captada através de calhas colocadas nos telhados das residências e levada até esses reservatórios para uso no período de seca. Uma parte das cisternas foram construídas em parceria com a ASA – Articulação no Semiárido Brasileiro, atendendo aos critérios estabelecidos pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC ).
• Implantação de unidades demonstrativas de barragens subterrâneas
A barragem subterrânea é uma tecnologia de convivência com o semiárido, instalada para favorecer cultivos em épocas mais secas. O sistema funciona com a interrupção do fluxo subterrâneo de água, durante o período chuvoso. A construção da barragem é feita por meio de corte transversal do solo e aplicação de lona plástica, de modo a reter a água, tornando uma parte do terreno mais úmida e possibilitando assim, a prática de diversas culturas, mesmo em período de seca, com finalidade de alimentação animal e humana.
• Implantação de sistema de criação colaborativa de caprinos e ovinos
A criação de caprinos e ovinos é uma atividade tradicional na região nordestina. A implementação da atividade teve como objetivo atender a subsistência e gerar renda para as famílias envolvidas.
Pretendeu-se com a instalação desta tecnologia um melhoramento da qualidade do rebanho, de forma a agregar valor aos animais, aumentando a renda familiar. As famílias de agricultores receberam lotes de matrizes e as associações comunitárias reprodutores puros de origem.
As famílias beneficiárias realizaram o repasse à associação das crias fêmeas de seu rebanho, em quantidade igual ao das recebidas. A cada lote recebido pela associação, esta realizou um novo repasse, beneficiando mais uma família da comunidade, que se comprometeu a dar continuidade ao processo. Desta forma a criação de animais foi se estendendo a toda comunidade, até que fossem atendidas todas as famílias interessadas na ação, depois o repasse seguiu para outras comunidades.
Com a finalidade de garantir a sustentabilidade desse sistema de criação, oferecendo alimento de qualidade e facilitando o trabalho dos criadores, foram entregues 21 máquinas desintegradoras, para o corte de plantas, que servem de alimento para os animais.
Ainda, a fim de possibilitar maior controle físico dos rebanhos de caprinos e ovinos, foram adquiridas máquinas para confecção de telas de arame, para que os agricultores pudessem cercar suas áreas de criação de animais. As máquinas foram entregues em uma associação comunitária de cada um dos 6 pólos de comunidades. Além disso foram implantadas áreas de palma forrageira para alimentação de parte dos animais.
• Implantação de fogões de queima limpa
O fogão de queima limpa é uma tecnologia desenvolvida experimentalmente para reduzir a emissão de gases poluentes, nocivos à saúde humana, que surgem na combustão da lenha. A instalação dos fogões permitiu a demonstração da tecnologia para uma experimentação pelas comunidades. Foram instalados 15 fogões demonstrativos em comunidades participantes.
• Fortalecimento das associações comunitárias e do associativismo nas comunidades
O processo de fortalecimento comunitário foi feito por meio da constituição de um Comitê Mobilizador e também de grupos já existentes em cada comunidade como grupo de jovens, de criadores, de monitores de telecentros, de mulheres, dentre outros.
O processo de capacitação realizado envolveu não somente grupos específicos, mas os moradores de forma geral. Foram realizadas diversas atividades de capacitação como encontros de agricultores, oficinas, cursos, palestras e assessoramento em campo.
As 26 comunidades envolvidas no projeto foram:
→ Alagoas: Quixabeira em Água Branca, Cacimba Cercada em Mata Grande e Campinhos em Pariconha.
→ Ceará: Espinheiro em Aurora, Anauá em Mauriti, Oitis em Milagres, Olho D’Água em Missão Velha e Engenho Velho em Barro.
→ Sertão da Paraíba: Barreiros em Cajazeiras, Pereiros em Bonito de Santa Fé, Batalha em Monte Horebe, Redondo em Cachoeira dos Índios e Lagoa de Dentro em São José de Piranhas.
→ Agreste da Paraíba: Pedra de Santo Antônio em Alagoa Grande, Uruçu em Gurinhém, Queimadas em Remígio e Ass. Margarida Maria Alves em Juarez Távora.
→ Pernambuco: Boi Torto em Bezerros, Pilões e Pedra Branca em Cumaru, Algodão do Manso em Frei Miguelinho, Furnas em Surubim e São João do Ferraz em Vertentes.
→ Rio Grande do Norte: Ass. J. Rodrigues Sobrinho em Nova Cruz, Tanques em Santo Antônio e Jacumirim em Serrinha
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>> https://comunidadescoep.org.br
>> Rede Comunidades Semiárido (YouTube)
A Rede Comunidades Semiárido é um dos retratos mais expressivos dos resultados da articulação desenvolvida pelo COEP. A partir de uma avaliação prévia sobre suas características, demandas e potencialidades, as comunidades são convidadas pelo COEP a ingressar na Rede. É hora de os projetos entrarem em campo, proporcionando não só a geração de renda, de maneira integrada e sustentável, mas também a inclusão social e digital. Para ser mais exato: a Rede Comunidades constrói cidadania.
O clima semiárido é caracterizado por temperaturas muito altas e falta ou escassez de chuvas, que dificultam a sustentabilidade da população local e agravam ainda mais a histórica desigualdade social da região. Nesse ambiente adverso o COEP construiu, ao longo dos últimos 20 anos, um histórico em parcerias com as comunidades rurais nordestinas: a Rede Comunidades Semiárido, que conta hoje com 68 comunidades, localizadas em sete estados (AL, CE, PB, PE, PI. RN e SE).
A Rede Comunidades Semiárido é fomentada pelo Programa Comunidades Semiárido, que originou-se da conjução de diversos projetos de desenvolvimento comunitário executados pelo COEP no Semiárido Nordestino. O Programa atua em cinco eixos principais: Organização Comunitária, Geração de Trabalho e Renda, Convivência com o Semiárido, Meio Ambiente/Mudanças Climáticas e Educação e Cidadania.
Produção de algodão colorido agroecológico nas comunidades da Rede COEP.
O projeto Algodão, Tecnologia e Cidadania foi uma reaplicação da experiência bem sucedida com o Projeto Produção de Algodão em Sistema Integrado à Indústria implementado no ano de 2000 no Assentamento Margarida Maria Alves em Juarez Távora na Paraíba. A metodologia de desenvolvimento e a tecnologia social gerada a partir dessa experiência permitiram a expansão do projeto para outros 5 municípios do semiárido nordestino: Comunidade de Engenho Velho em Barro/CE; Comunidade de Lagoa de Dentro em São José de Piranhas/PB, Assentamento José Rodrigues Sobrinho em Nova Cruz/RN, Comunidade de Quixabeira em Água Branca/AL e Comunidade de Furnas em Surubim/PE
Em cada uma dessas comunidades foi implementada uma miniusina de beneficiamento de algodão e um tear elétrico. Além disso, houve uma série de capacitações para que fossem aprimoradas as técnicas de cultivo, armazenamento e beneficiamento. De forma semelhante ao projeto que deu origem a essa ampliação os produtores passaram a beneficiar seu produto e vendê-lo diretamente à indústria aumentando a renda das famílias participantes.
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Uma das ações que tiveram grande avanço e desenvolvimento nas comunidades da Rede Comunidades Semiárido, foi a formação dos Comitês Mobilizadores. Sempre incentivados e mobilizados pelo COEP, a criação desses grupos em cada comunidade teve por objetivo fortalecer as associações locais e suas atividades em cada comunidade. Outro ponto em destaque é ter tido representantes nos comitês de jovens, mulheres e homens, sem descrição de gêneros.
Visando promover o desenvolvimento sócio-econômico de comunidades de baixa renda no Semiárido Nordestino, o projeto, implantado no ano de 2004, teve como objetivo principal a recuperação da produção de algodão por agricultores familiares. A cotonicultura foi escolhida considerando-se a tradição histórica pela atividade na região, levando-se em conta os resultados positivos obtidos na experiência implementada com um projeto piloto no Assentamento Margarida Mª Alves.
A proposta da formação de pólos produtivos teve o objetivo de se replicar a iniciativa a partir das comunidades onde já havia uma atuação do COEP, que serviriam como comunidades núcleo, de onde se irradiariam as experiências para comunidades próximas.
A diversidade de realidades foi determinante de resultados também variados com a implementação do projeto, sendo percebido no decorrer do processo a necessidade de se adaptar a produção do algodão a uma nova demanda de mercado, compatível com a agricultura familiar. Tendo sido observado que a matriz tecnológica convencional não permite o desenvolvimento da produção do algodão na agricultura familiar, fez-se necessário a adoção de uma nova matriz de produção de algodão: a agroecológica. Com a introdução deste novo sistema de produção de algodão branco e colorido naturalmente, foi possível reduzir o impacto ambiental pela eliminação do uso de agrotóxicos empregados no cultivo, agregando valor socioeconômico e ambiental ao produto.
O desenvolvimento nesses pólos de produção foi promovido por meio de um processo de sensibilização, capacitação e mobilização dos agricultores, que foi instaurado em etapas, potencializado com as ações voltadas ao fortalecimento da organização comunitária, formação dos agricultores e a inclusão digital, que contribuíram para maior protagonismo dos agricultores na execução das ações e no atendimento de suas demandas.
As comunidades participantes foram:
→ Alagoas, comunidades de: Quixabeira em Água Branca; Cacimba Cercada em Mata Grande e Campinhos em Pariconha.
→ Ceará, comunidades de: Espinheiro em Aurora, Engenho Velho em Barro, Anauá em Mauriti, Oitis em Milagres e Olho d´Agua em Missão Velha.
→ Sertão da Paraíba, comunidades de:PBs: Pereiros em Bonito de Santa Fé, Redondo em Cachoeira dos Índios, Barreiros em Cajazeiras, Batalha em Monte Horebe, Lagoa de Dentro em São José de Piranhas.
→ Agreste da Paraíba: Pedra de Santo Antônio em Alagoa Grande, Novo Pedro Velho em Aroeiras, Uruçu em Gurinhém, Assentamento Margarida Maria Alves em Juarez Távora, Assentamento Queimadas em Remígio.
→ Pernambuco, comunidades de: Boi Torto em Bezerros, Pilões e Pedra Branca em Cumaru, Algodão do Manso em Frei Miguelinho, Furnas em Surubim, São João do Ferraz em Vertentes.
→ Rio Grande do Norte: Limoal em Goianinha, Mandacaru em Lagoa de Pedra, Ass. José Rodrigues Sobrinho em Nova Cruz, Tanques em Santo Antônio, Jacumirim em Serrinha.
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Os primeiros telecentros comunitários foram instalados em 2004 em Quixabeira, no município de Água Branca/AL, em Engenho Velho, no município de Barro/CE, na comunidade Furnas, em Surubim/PE, na comunidade Boi Torto, em Bezerros/PE, no Assentamento José Rodrigues Sobrinho, em Nova Cruz/RN, e no pioneiro Assentamento Margarida Maria Alvez, em Juarez Távora/PB.
A instalação de telecentros comunitários no semiárido nordestino possibilitou que os moradores das comunidades contempladas tivessem acesso a esses dados e informações, além de incentivar a comunicação das comunidades entre elas próprias e com a sociedade como um todo.
Os telecentros são compostos por computadores e uma antena, que viabiliza o acesso à internet via satélite. Além dos equipamentos de conexão fornecidos pelo programa do Gesac, outros eram viabilizados por meio dos projetos executados pelo COEP e parceiros (computadores, mobiliário, etc.). Para a instalação dos telecentros, as comunidades viabilizavam o espaço físico necessário para os equipamentos. As salas eram construídas ou reformadas pelas comunidades, ou por meio de parcerias articuladas pelas lideranças, muitas delas com o poder público local.
Sua utilização, bem como a característica dos usuários, é bastante variada. É possível encontrar nos telecentros jovens interessados em realizar pesquisas escolares (o que proporcionou a aprovação de vários deles em vestibulares de universidades públicas), obter orientação profissional, conversar com outros jovens por meio de ferramentas de “bate-papo”, etc.
Os agricultores utilizam os telecentros para consultar cotações de produtos e condições climáticas, trocar correspondência eletrônica e resolver questões de documentação pessoal, veicular e da propriedade. Além disso, por meio dos recursos da informática, eles controlam a produção e acompanham a criação de animais, através de planilhas criadas nos computadores. Além desses recursos, os telecentros tornaram-se o meio de comunicação mais utilizado nas comunidades. Na maioria dos casos, eles eram o único meio de comunicação com parentes que moram em outros estados.
Essa tecnologia trouxe impactos positivos nas comunidades. Além de utilizar os telecentros para suas atividades de educação, agrícolas e de lazer, elas os usam para outros fins:
• escolas: em atividades pedagógicas com seus alunos;
• agentes de saúde: na busca de materiais referenciais (vídeos, textos,entrevistas) para as famílias e, também, para atualizações e pesquisas;
• moradores: no acesso a cursos a distância, inclusive nível superior.
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>> Memória Coletiva da Rede Comunidade Semiárido (Telecentro)
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>> Passo a passo para fazer uma atividade no telecentro com uso do SIME, COEP TeVe e Mobilizadores
>> Assinatura de Termo de Cooperação com o Ministério das Comunicações/GESAC e com o Ministério de Ciência e Tecnologia
>> Informativo Comunidades Semiário (julho 2007)
>> Comunidade de Cacimba Cercada (AL) se une para melhorar telecentro comunitário (Rede Mobilizadores)
>> Monitor relata como o telecentro tem modificado a vida de sua comunidade (Rede Mobilizadores)
>> Jovem conta como telecentro COEP contribuiu para sua aprovação no vestibular (Rede Mobilizadores)
>> Telecentros mudam vida de comunidades COEP no Semiárido nordestino (Rede Mobilizadores)
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