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A partir de 2004, foram instalados telecentros comunitários nas comunidades do Semiárido Nordestino. Os primeiros telecentros comunitários foram instalados em Quixabeira, no município de Água Branca/AL, em Engenho Velho, no município de Barro/CE, na comunidade Furnas, em Surubim/PE, na comunidade Boi Torto, em Bezerros/PE, no Assentamento José Rodrigues Sobrinho, em Nova Cruz/RN, e no pioneiro Assentamento Margarida Maria Alvez, em Juarez Távora/PB.
A instalação de telecentros comunitários no semiárido nordestino possibilitou que os moradores das comunidades contempladas tivessem acesso a esses dados e informações, além de incentivar a comunicação das comunidades entre elas próprias e com a sociedade como um todo.
Os telecentros são compostos por computadores e uma antena, que viabiliza o acesso à internet via satélite. Além dos equipamentos de conexão fornecidos pelo programa do Gesac, outros eram viabilizados por meio dos projetos executados pelo COEP e parceiros (computadores, mobiliário, etc.). Para a instalação dos telecentros, as comunidades viabilizavam o espaço físico necessário para os equipamentos. As salas eram construídas ou reformadas pelas comunidades, ou por meio de parcerias articuladas pelas lideranças, muitas delas com o poder público local.
Sua utilização, bem como a característica dos usuários, é bastante variada. É possível encontrar nos telecentros jovens interessados em realizar pesquisas escolares (o que proporcionou a aprovação de vários deles em vestibulares de universidades públicas), obter orientação profissional, conversar com outros jovens por meio de ferramentas de “bate-papo”, etc.
Os agricultores utilizam os telecentros para consultar cotações de produtos e condições climáticas, trocar correspondência eletrônica e resolver questões de documentação pessoal, veicular e da propriedade. Além disso, por meio dos recursos da informática, eles controlam a produção e acompanham a criação de animais, através de planilhas criadas nos computadores. Além desses recursos, os telecentros tornaram-se o meio de comunicação mais utilizado nas comunidades. Na maioria dos casos, eles eram o único meio de comunicação com parentes que moram em outros estados.
Essa tecnologia trouxe impactos positivos nas comunidades. Além de utilizar os telecentros para suas atividades de educação, agrícolas e de lazer, elas os usam para outros fins:
• Escolas: em atividades pedagógicas com seus alunos;
• Agentes de saúde: na busca de materiais referenciais (vídeos, textos,entrevistas) para as famílias e, também, para atualizações e pesquisas;
• Moradores: no acesso a cursos a distância, inclusive nível superior.
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