COEP mobiliza suas associadas e cria o Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares (Proninc), em parceria com Finep, Fundação Banco do Brasil e Coppe/UFRJ
O Proninc tinha o objetivo de disseminar e implementar o modelo de cooperativismo de serviços e produção como forma de geração de trabalho e renda em áreas de baixa renda.
Um dos principais problemas sociais brasileiros é o desemprego e a baixa qualificação profissional, o que agrava consideravelmente as condições de vida de uma expressiva camada da sociedade. Preocupado com esse cenário, diversas entidades se mobilizaram para, em parceria, encontrar alternativas de geração de trabalho e renda e de capacitação profissional e atingir, sobretudo, os segmentos excluídos do mercado de trabalho.
O Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares (Proninc) foi criado com o objetivo de disseminar para outras universidades do País a experiência bem sucedida de implantação de cooperativas populares desenvolvidas na Coppe/UFRJ.
Face aos resultados favoráveis obtidos com esta experiência, articulou-se no COEP a disseminação dessa ação, tendo-se optado por implantar uma incubadora, a exemplo do que já se fazia no país em termos de incubadoras de empresas. Foram identificadas e envolvidas as instituições que pudessem contribuir para a implantação do projeto. Os recurso financeiros foram obtidos junto a duas entidades integrantes do COEP: a Fundação Banco do Brasil e a Finep.
Os conhecimentos sobre cooperativismo foram encontrados junto à Gerência de Cooperativismo do Banco do Brasil e ao Instituto de Cooperativismo da Universidade de Santa Maria, aos quais se agregou posteriormente a Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. A proposta de implantar a primeira incubadora de cooperativas coube à Coppe/UFRJ, aproveitando a experiência que já possuía nesse campo. O apoio para a realização dessas articulações veio do próprio COEP e do Programa Comunidade Solidária.
A incubadora de cooperativas populares foi uma experiência inovadora e os resultados obtidos em termo de alternativas de geração de emprego e renda foram altamente positivos, agregando benefícios como a qualificação das pessoas das comunidades, o aumento da autoestima dos cooperativados, a transferência de conhecimento da universidade para as comunidades, etc. Efetivamente, desenvolveu-se uma metodologia de geração de trabalho e renda e, consequentemente, de inclusão social.
Desde a sua criação, o Proninc passou por reformulações e ampliou o seu escopo. Em 2003, o Programa passou a ser coordenado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério de Trabalho e Emprego.