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Excedente de buffet vira refeição nutritiva para população de rua em SP
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Por: Ed Rodrigues
Um projeto que surgiu em meio à pandemia do novo coronavírus está distribuindo mais de quatro mil marmitas por semana para pessoas em situação de rua no centro da cidade de São Paulo.
De acordo com a organização do projeto, tudo começou quando um grupo de amigos resolveu utilizar o excedente de caldo de feijão de um evento realizado por um buffet para preparar uma sopa e distribuir a pessoas da região da Praça da Sé. A iniciativa ganhou corpo em março de 2020, logo após a OMS decretar a crise sanitária mundial, e se tornou uma ajuda diária. Com doações e a ajuda de 50 voluntários, o Instituto Mesa Solidária já entregou quase 360 mil refeições até agora.
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Comida excedente de buffet
A base da ação era a cozinha industrial e a estrutura do buffet Viko Gastronomia, do chef Viko Tangoda. Ele conta que sempre se incomodou com a quantidade de comida que sobrava dos buffets e foi a partir disso que teve a ideia de ajudar as pessoas que estavam com fome.
“Elena Sakuda, Juliana Biachi, Alexandre Sabbatini e Cineia Aparecida de Jesus da Costa compraram a ideia comigo. O ‘Mesa Solidária’ passou a fornecer marmitas para a Tenda Franciscana, espaço organizado pelo Senfras (Serviço de Solidariedade dos Franciscanos) para distribuir comida a pessoas em situação de rua. Em maio de 2021, tornou-se formalmente um instituto”, contou o chef a Ecoa.
As refeições pesam cerca de 500 gramas e levam feijão, arroz, carne vermelha ou branca e hortaliças. Viko Tangoda explica que a preocupação era levar comida de verdade, nutritiva, elaborada com produtos de qualidade e dentro dos padrões sanitários.
O buffet cede sua estrutura (equipe e instalações) para armazenar as doações de produtos e para garantir o controle de qualidade das refeições.
“Os voluntários atuam no instituto e se dividem nas atividades do dia a dia, como ajudar na limpeza de legumes e hortifrutis, montar as quentinhas e participar das ações de distribuição”, disse Viko.
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Parcerias e doações
Para que o trabalho alcance quem precisa, o instituto conta com parcerias e doações. No preparo das refeições, são consumidas mensalmente aproximadamente 3,5 toneladas de arroz, 1,9 tonelada de feijão, quatro toneladas de legumes, tubérculos e verduras, quatro toneladas de proteína, 500 litros de óleo, sal e temperos e cerca de 20 mil embalagens.
“Comida é uma forma de acolher as pessoas, de demonstrar amor. Meu conselho é: vai e faz porque a fome não espera. Se você acredita, faça com que as pessoas acreditem como você e saiam da inércia”, ressaltou.
Para saber mais sobre o projeto e fazer doações, entre em contato por meio do perfil do Instagram do Mesa Solidária.
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Fonte: Ecoa/UOL