Estudo de comissão médica da CBF diz que contágio de Covid é dentro dos clubes e não entre eles

Atualizado em 18/11/2020

Um estudo feito pelos médicos da comissão da CBF e que deve ser publicado até o final da semana indica que os contágios que alcançaram 43 jogadores pela Covid, na 21a rodada, são causados dentro dos próprios clubes e não entre eles. São intraclubes e não entre clubes, o que impõe pensar que os excessos dos jogadores fora do trabalho provocam contágios no ambiente de treino. Não no ambiente de jogos.

No Atlético, por exemplo, observa-se que Jorge Sampaoli nunca era visto com máscara. Foi vítima da covid e, como ele, todos os membros de sua comissão técnica, com quem convivia por longos períodos, por dias inteiros.

É uma hipótese com a qual a comissão médica trabalha desde o caso de Goiás x São Paulo, jogo adiado com o Tricolor paulista dentro do gramado, em Goiânia, no dia 9 de agosto.

O entendimento é o de que, como na sociedade, os jogadores também relaxaram no convívio. Menos máscaras, menos distanciamento. Este foi, por exemplo, o caso flagrado de Ramires, do Palmeiras, punido pelo clube por ter comparecido a uma balada sem proteção.

O entendimento é o de que os jogadores têm se abraçado mais, se conversado mais próximos e isto leva o vírus para os treinos.

A base do estudo está, entre outras coisas, em seguir clubes que tiveram surtos. Os jogos seguintes do Flamengo, após os 19 casos em Palmeiras x Flamengo não resultaram em contágio para os palmeirenses. Os 11 casos de santistas não representaram surtos em clubes com os quais o Santos jogou.

Mas um jogador que não se cuida leva para dentro do vestiário o vírus. E ele se espalha rapidamente entre os jogadores de um mesmo clube.

A teoria é de que isto se agravou nas últimas semanas pelo relaxamento dos jogadores, no mesmo ritmo da sociedade brasileira.
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Fonte: Blogo do PVC/Globo