OPAS e organizações indígenas se unem para combater pandemia na bacia amazônica

Atualizado em 21/7/2020

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Coordenação de Organizações Indígenas da Bacia do Rio Amazonas (COICA) vão trabalhar juntas para intensificar o combate à COVID-19 em áreas indígenas da selva peruana, leste da Bolívia, Amazônia equatoriana, colombiana e brasileira.

Em declaração conjunta, as organizações solicitam aos países que fortaleçam os serviços de saúde na Amazônia, fornecendo recursos humanos, suprimentos e dispositivos médicos, incluindo testes, tratamentos e vacinas, quando disponíveis, com especial ênfase nas populações que vivem em isolamento voluntário.

A declaração também alerta para a eventual entrada do vírus em territórios isolados, o que exporia tais populações a um sério risco de extinção.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Coordenação de Organizações Indígenas da Bacia do Rio Amazonas (COICA) vão trabalhar juntas para intensificar o combate à COVID-19 em áreas indígenas da Amazônia.

Em uma declaração conjunta, a COICA e a OPAS solicitam aos países que “fortaleçam os serviços de saúde na Amazônia, fornecendo recursos humanos, suprimentos e dispositivos médicos, incluindo testes, tratamentos e vacinas, quando disponíveis”, com especial ênfase nas populações que vivem em isolamento voluntário. A COICA inclui organizações indígenas da selva peruana, leste da Bolívia, Amazônia Equatoriana, Amazônia Colombiana e Amazônia Brasileira.

“O aumento diário de casos e mortes por COVID-19 causou um duro golpe aos povos indígenas e nacionalidades da Amazônia, cujas comunidades estão em situação crítica”, destacou o comunicado assinado pelas duas organizações.

A declaração também alerta para “a eventual entrada do vírus em territórios isolados, que exporá essas populações a um sério risco de extinção”.

A OPAS e a COICA também alertaram que as altas taxas de diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas nessas comunidades “aumentam o risco de casos graves da COVID-19”. A subnutrição infantil crônica, altas taxas de mortalidade materna, malária e dengue nas comunidades indígenas também “contribuem para a emergência causada pela pandemia”.

Ambas organizações pediram aos governos que se coordenem com organizações indígenas da Amazônia para implementar urgentemente planos e protocolos de resposta à pandemia da COVID-19 que sejam “apropriados aos vários contextos geográficos e culturais e que incluam a participação das próprias comunidades”. Isso reduzirá o impacto da doença na vida das pessoas e de suas comunidades.

A OPAS e a COICA também chamam os países a coordenar as respostas das organizações indígenas e dos governos dos países amazônicos para garantir “uma resposta conjunta que seja adaptada à realidade social e cultural e às necessidades específicas dessas áreas”, particularmente nas áreas de fronteira.

Também destacam a necessidade de fortalecer uma rede de proteção social para os povos indígenas e nacionalidades da Amazônia, para que ações para prevenir e reduzir a velocidade de transmissão sejam efetivas. As organizações também indicaram que o fortalecimento de programas que abordam questões de saúde pública, incluindo subnutrição crônica infantil, mortalidade materna, malária, dengue, tuberculose e HIV, entre outros, é vital.

A saúde indígena é uma prioridade para a OPAS, que fornece cooperação técnica a essas populações por meio de uma variedade de projetos. No entanto, “a dificuldade histórica de acessar os serviços de saúde das populações amazônicas, combinada com a atual emergência sanitária, exige uma resposta coordenada e coordenada entre Estados, organizações indígenas, agências das Nações Unidas e outros parceiros de cooperação internacional”.

A COICA e a OPAS estão planejando um fórum regional com outras agências e organizações internacionais que trabalham na área “para dar visibilidade à realidade dos povos indígenas e nacionalidades da Amazônia”. Este fórum também facilitará ações coordenadas nesta região.

Fonte: Nações Unidas Brasil