Covid-19: cuidados após tomar segunda dose da vacina

Atualizado em 15/3/2021

A relação entre Covid-19 e a perda auditiva já é investigada há algum tempo, com diversos relatos de pacientes que sofreram com o sintoma após contrair a doença. Agora, uma análise do Manchester Biomedical Research Centre (BRC) afirma que o coronavírus pode piorar o acufeno (aquele zumbido no ouvido) e a sensação de vertigem.

O BDC analisou 24 estudos que encontraram relação entre a Covid-19 e problemas de audição. Com a observação, os pesquisadores concluíram que, no geral, 7,6% dos pacientes pesquisados relataram terem sofrido de perda de audição após contraírem o coronavírus, 14,8% tiveram acufeno e 7,2% sintomas relacionados a vertigem.

A equipe ressalta que a maioria dos estudos usou como base relatos dos próprios pacientes e relatórios médicos e que não foram feitos novos exames nos grupos para detectar os sintomas. Por tanto os cientistas classificaram a qualidade geral das pesquisas como “razoável”.
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Necessidade de mais estudos

“Há uma necessidade urgente de um estudo clínico e diagnóstico cuidadosamente conduzido para compreender os efeitos de longo prazo da Covid-19 no sistema auditivo”, explicou Kevin Munro, professor da Universidade de Manchester, que participou da pesquisa.

O especialista ainda diz que, apesar de ainda pouco explorado na Covid-19, esse tipo de sintoma já foi encontrado em outros vírus. “Também é sabido que vírus como sarampo, caxumba e meningite podem causar perda auditiva; no entanto, pouco se sabe sobre os efeitos auditivos da Covid-19”, completou.

“Embora seja necessário ter cuidado, esperamos que este estudo aumente o peso das evidências científicas de que existe uma forte associação entre Covid-19 e problemas auditivos”, disse também o pesquisador Ibrahim Almufarrij.
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Resultados preliminares

Para compreender melhor os resultado, o professor Munro lidera um estudo clínico que tem como objetivo verificar as consequências a longo prazo da perda de audição, do acufeno e da vertigem causadas pelo coronavírus. Análises preliminares indicam que 13% dos pacientes que receberam alta hospitalar relataram pelo menos um desses sintomas.

“Embora esta revisão forneça mais evidências para uma associação, os estudos que examinamos eram de qualidade variável, então mais trabalho precisa ser feito”, finaliza Munro.
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Por: Lucas Soares

Fonte: Olhar Digital