Cientistas dizem que o transporte público pode não ser a principal fonte de disseminação de coronavírus

Atualizado em 19/8/2020

Pesquisas recentes sugerem que a chance de o vírus se espalhar nos transportes públicos é mínima.

De acordo com pesquisas recentes, o contágio de coronavírus em transportes públicos é muito menos provável do que se imaginava. No inicio da pandemia, trens, ônibus e aviões foram considerados por especialistas como potenciais hotspots da doença, já que o vírus prospera em multidões e espaços fechados com pouca ventilação.

Entretanto,se as máscaras de proteção forem usadas correntamente e o distanciamento social for respeitado, a chance da COVID-19 se espalhar nesses espaços em especifico é mínima. Segundo estudos de rastreamento, realizado por pesquisadores da ‘Sante Publique France’, agência nacional de saúde pública da França, que analisou centenas de eventos no próprio país, além da Áustria e Japão, menos de 1% dos casos de contágio em massa ocorreram em algum tipo de transporte público. A pesquisa também mostrou que a probabilidade de contrair o vírus é muito maior quando se trabalha em um escritório, come em um restaurante ou bebe em um bar.

Isso se explica pelo fato de que as pessoas tendem a permanecer em trens ou ônibus por períodos relativamente curtos, e geralmente não conversam com ninguém, reduzindo, assim, a quantidade de goticulas ou fluidos que se dissipam no ar involuntariamente. Além disso, as máscaras também são obrigatórias no transporte público na maioria dos países – o que diminui ainda mais o risco de disseminação – enquanto em grande parte dos ambientes corporativos elas não são. Especialistas ainda acreditam que as baixas taxas de infecção nesses espaços é devido, em partes, ao seu uso reduzido, como também ao bom cumprimento das regras de proteção individual, distanciamento social, e limpeza regular dos veiculos.

Fonte: Vogue/Globo