Delivery contaminado: 3 fatos pouco conhecidos sobre limpeza das entregas

Atualizado em 4/9/2020

Embalagem de plástico tem mais risco de contágio? Ou é a embalagem de papelão? Veja dicas e cuidados como precaução contra novo coronavírus

Durante a pandemia, com restaurantes e estabelecimentos fechados, houve uma explosão no número de pedidos de delivery. Mas como ter a certeza de que o delivery não está contaminado? Selecionamos 3 fatos pouco conhecidos sobre limpeza das entregas de comida e outros serviços. Descubra como higienizar da forma mais segura contra o novo coronavírus.

1 – Embalagem de papelão é mais segura. A pizza veio na embalagem de papelão? Então saiba que essa é uma embalagem mais segura. E quem explica essa afirmação é a ciência. De acordo com pesquisas realizadas em universidades internacionais, o tempo de permanência do novo coronavírus em embalagens como papelão é de 4 horas. Chegando ao tempo máximo de 24 horas.

2 – Embalagem de plástico e aço inoxidável é menos segura. O pedido chegou na embalagem de plástico? Então saiba que, de acordo com estudos científicos, o coronavírus tem tempo de permanência nessa embalagem de três dias. As chances de contágio, neste caso, aumentam.

3- Contato com entregador? Esse é o contato mais perigoso. Dê preferência para entregas sem contato com o motoboy (veja abaixo). Além de estar mais exposto, tanto cliente quanto entregador, vale destacar que o tempo de permanência do novo coronavírus no ar, em superfícies comuns ou objetos, é de 3 horas.

As informações acima foram publicadas em estudo da New England Journal of Medicine, em março de 2020.
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Como as empresas estão se cuidando?

Empresas de entrega de comida, como iFood e Uber Eats, publicaram notas oficiais para informar seus clientes sobre os cuidados que estão tomando na pandemia. Além de ações como evitar contato entre cliente e entregador, as empresas adotam medidas preventivas, como a higienização dos funcionários e das embalagens a serem distribuídas.

Será que é o suficiente? Será que o restaurante que você pede comida está tomando os cuidados necessários de higienização? E o hospital? A empresa de condomínio? É importante se informar sobre quais são as atitudes concretas nessa precaução.
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Com entrega sem contato físico, motoboys contam cenas inusitadas

Você já reparou que tem uma nova opção nos aplicativos de entrega? Em tempos de Coronavírus, os apps estão apostando em estratégias que acabem com o contato, mesmo que rápido, entre motoboy e cliente. É a chamada “entrega sem contato físico”. Ou o pedido de “deixe na porta”. São as mudanças que o isolamento social nos apresenta.

Nossa reportagem entrevistou o motoboy Marcus Vinicius, em São José dos Campos, interior de São paulo. Ele admite que passou por certa saia-justa ao se deparar com a novidade. Mas entende perfeitamente as precauções que todos têm tomado contra o Covid-19.

“Chega a ser estranho, né? Quando isso começou eu ficava com medo de deixar a entrega na porta e sair. Não sei, de repente alguém poderia passar e pegar ali na rua. Mas é necessário, sim. Muitos clientes têm escolhido essa opção”, contou Vinicius. Nesses casos o cliente faz o pagamento através do aplicativo. Não é necessário passar o cartão de crédito com o motoboy ou entregar qualquer quantia em dinheiro. O cliente pode, portanto, nem mesmo pegar a sacola das mãos do motoboy. E, sim, ter a encomenda ali na porta de sua casa.

“Alguns chegam com máscaras, outros estão com sintomas de alguma gripe e aí pedem desculpas. Enfim, a gente vê de tudo na rua. Mas ando sempre com o álcool gel aqui na mala, tomo todos os cuidados e recomendações, tudo certinho. E a minha estratégia é deixar na porta e ficar a uma distância razoável aguardando que o cliente pegue tudo. Aí fico tranquilo”, detalha Marcus, que comemora o crescimento de mais de 100% no volume de trabalho diário por conta da quarentena.

“Tem alguns que estão realmente com muito medo. E aí você vê logo no primeiro olhar. É uma situação muito diferente e difícil. ‘Olha eu pedi sem contato, mas não tem problema, não, me dá aqui a sacolinha, por favor’. Tem todos os casos realmente. A melhor saída é ter bom-senso, precaução e muita educação com todos. Já fiquei escondido esperando o cliente pegar”, comenta o motoboy Francisco Medeiros, também de São José dos Campos.
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Fonte: Como Higienizar/G1