UnB vai pesquisar efeitos da Covid-19 nas gestantes e recém-nascidos

Atualizado em 26/6/2020

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), vão analisar os efeitos do novo coronavírus nas gestantes, nos bebês recém nascidos e nas mulheres durante o pós-parto, as puérperas. Um dos focos da pesquisa é observar se o vírus pode ser transmitido da mãe para o bebê.

Durante o estudo, serão acompanhadas 300 gestantes. A ideia é avaliar se o vírus aumenta o risco da gestante ter outras doenças ou complicações, como aborto, parto prematuro, pré-eclâmpsia e malformação fetal.

Já os bebês serão monitorados do nascimento até os cinco anos de idade. Nesse grupo, os pesquisadores querem descobrir se o vírus interferiu no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e se aumentou a mortalidade infantil.

Segundo o médico e professor Geraldo Fernandes, um dos coordenadores do estudo, o grupo quer entender se os filhos das gestantes expostas ao vírus vão apresentar alguma sequela, no nascimento ou durante o crescimento.

Metodologia do estudo

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética. Será “um estudo observacional epidemiológico que analisa a incidência da doença”, explicam os coordenadores.

Além de avaliar as gestantes infectadas pelo Sars-CoV2, a pesquisa fará uma comparação com grávidas que não se infectaram, explica Licia Mota, reumatologista e professora da UnB. 

“Esperamos, com o estudo, avaliar características, como presença do vírus e presença de anticorpos no líquido amniótico e no sangue do cordão umbilical.”

Como participar?

Para participar da pesquisa, a gestante deve entrar em contato com o Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB) pelo telefone (61) 2028-5232.

As gestantes interessadas em fazer parte do estudo devem:

  • Ter diagnóstico confirmado da Covid-19, há pelo menos 14 dias
  • Ter mais de 18 anos
  • Não ter suspeita ou confirmação de outras infecções congênitas ou doenças crônicas pré-existentes – exceto diabetes e hipertensão.

Fonte: G1/Globo.com