Estudo avalia máscaras mais eficazes em conter transmissão de Sars-CoV-2

Atualizado em 1/7/2020

Segundo os especialistas, máscaras caseiras com diversas camadas de tecido são as melhores para prevenir a disseminação do novo coronavírus

Pesquisadores da Universidade Atlântica da Flórida, nos Estados Unidos, realizaram um estudo sobre a eficácia de diferentes tipos de máscaras para conter a disseminação do Sars-CoV-2. As conclusões foram publicadas nesta terça-feira (30) no Physics of Fluids.

Os cientistas utilizaram uma mistura de água destilada e glicerina para simular as partículas contaminadas que saem da boca e do nariz das pessoas pelo novo coronavírus. Eles também utilizaram um manequim para simular tosses e espirros, além gotículas expelidas da boca. Aparelhos de captação de imagem foram usados para realizar a análise.

Os resultados mostraram que máscaras dobradas e coberturas no estilo bandana fornecem capacidade mínima de barrar a disperção das gotículas respiratórias menores, conhecidas como aerossóis. Por outro lado, máscaras caseiras bem ajustadas, com várias camadas de tecido, e aquelas em forma de cone se mostrarm significativamente eficazes em reduzir a velocidade e o alcance dos jatos respiratórios.
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Quando o manequim não estava equipado com uma máscara, as gotículas foram projetadas a até 3,6 metros de distância. Já com as máscaras caseiras, as partículas viajaram, em média, apenas 8 centímetros; com as de cone, o trajeto foi de aproximadamente 20 centímetros.

“Além de fornecer uma indicação inicial da eficácia do equipamento de proteção, os recursos visuais usados ​​em nosso estudo podem ajudar a transmitir ao público em geral a lógica por trás das diretrizes e recomendações de distanciamento social e do uso de máscaras”, disse Siddhartha Verma, uma das pesquisadoras, em comunicado.
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Fonte: Galileu